Ribeiro Pedreira
Amo-te
e isso me basta
para sorrir!
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Presença
"É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
È preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado
a folhas de alecrim desde há muito gaurdadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma
janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu te sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa
da vida...
Mas quando surge és tão outra e múltipla e
imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te!"
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Florescer
Ribeiro Pedreira
dos nossos pés
cresceram raízes
nos corpos fundidos
em um só caule
flui o amor
enquanto florescermos,
impelidos por quereres,
renasceremos frutos
colhidos na boca
terça-feira, 14 de setembro de 2010
"Aconteceu quando a gente não esperava
Aconteceu sem um sino pra tocar
Aconteceu diferente das histórias
Que os romances e a memória
Têm costume de contar
Aconteceu sem que o chão tivesse estrelas
Aconteceu sem um raio de luar
O nosso amor foi chegando de mansinho
Se espalhou devagarinho
Foi ficando até ficar"
Aconteceu sem um sino pra tocar
Aconteceu diferente das histórias
Que os romances e a memória
Têm costume de contar
Aconteceu sem que o chão tivesse estrelas
Aconteceu sem um raio de luar
O nosso amor foi chegando de mansinho
Se espalhou devagarinho
Foi ficando até ficar"
sábado, 14 de agosto de 2010
Feliz idade nova
Ribeiro Pedreira
hoje, não por acaso,
um dia azul de inverno
clareou nossa manhã
atravessou as cortinas do quarto
vestiu o quintal de alegria
e fez de nós um sorriso farto
hoje o sol veio celebrar
o dia que é seu
e este poema é o cartão
que não acompanhou as flores.
hoje, não por acaso,
um dia azul de inverno
clareou nossa manhã
atravessou as cortinas do quarto
vestiu o quintal de alegria
e fez de nós um sorriso farto
hoje o sol veio celebrar
o dia que é seu
e este poema é o cartão
que não acompanhou as flores.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Dias em dois
Ribeiro Pedreira
Todo sol que me amanhece
traz a luz do seu sorriso
e reflete o meu suspiro:
"Buongiorno, principessa!"
Todo sol que me amanhece
traz a luz do seu sorriso
e reflete o meu suspiro:
"Buongiorno, principessa!"
segunda-feira, 26 de julho de 2010
"No alegre sol de então
De uma manhã de amor,
A borboleta solta no fulgor
Da luz, lembrava um leve coração.
Ia e vinha e a voar
Gentil e trêfega, azul,
Sonoramente a percorrer pelo ar,
Como um silfo tenuíssimo e taful.
De uma manhã de amor,
A borboleta solta no fulgor
Da luz, lembrava um leve coração.
Ia e vinha e a voar
Gentil e trêfega, azul,
Sonoramente a percorrer pelo ar,
Como um silfo tenuíssimo e taful.
Sobre os frescos rosais
Pousava débil, sutil,
Doirando tudo de um risonho abril
Feito de beijos e de madrigais.
Pousava débil, sutil,
Doirando tudo de um risonho abril
Feito de beijos e de madrigais.
Que doce embriaguez
O vôo assim seguir
Da borboleta azul, correndo, a vir
Do espaço pela Etérea candidez!
O vôo assim seguir
Da borboleta azul, correndo, a vir
Do espaço pela Etérea candidez!
Fazendo, tal e qual,
O mesmo giro assim,
O mesmo vôo límpido, sem fim,
Nos mundos virgens de qualquer ideal.
O mesmo giro assim,
O mesmo vôo límpido, sem fim,
Nos mundos virgens de qualquer ideal.
Ir como ela também
Em busca das loucas
E tropicais e fulgidas manhãs
Cheias de colibris e sol, além...
Em busca das loucas
E tropicais e fulgidas manhãs
Cheias de colibris e sol, além...
Ir com ela na luz
De mundos através,
Sem abrolhos nas mãos, cardos nos pés,
Ó alma, minha, que alegria a flux!...
De mundos através,
Sem abrolhos nas mãos, cardos nos pés,
Ó alma, minha, que alegria a flux!...
No alegre sol de então
De uma manhã de amor
A borboleta solta no fulgor
Da luz, lembrava um leve coração."
De uma manhã de amor
A borboleta solta no fulgor
Da luz, lembrava um leve coração."
domingo, 25 de julho de 2010
De partida
Ribeiro Pedreira
amanhã vou viajar.
na mala, carinhos
e cumplicidade
e tudo que guardo pra ti
nada de roupas
calçados
tua pele me basta
chego no frio pra me aquecer
mas levarei um pouco de sol
para os nossos amanheceres
por alguns dias
residirei no amor.
amanhã vou viajar.
na mala, carinhos
e cumplicidade
e tudo que guardo pra ti
nada de roupas
calçados
tua pele me basta
chego no frio pra me aquecer
mas levarei um pouco de sol
para os nossos amanheceres
por alguns dias
residirei no amor.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Colheita
Ribeiro Pedreira
sempre que colho flores
para os teus cabelos
teus olhos me sorriem
no roseiral
e eles são tantos
que nem me vejo
sexta-feira, 9 de julho de 2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
da saudade
Ribeiro Pedreira
a saudade é um mecanismo que uso
pra manter você do meu lado de dentro
pra manter você do meu lado de dentro
e um pretexto que sempre arranjo
pra sentir você do meu lado de fora
pra sentir você do meu lado de fora
domingo, 6 de junho de 2010
Antes do dia nascer
Ribeiro Pedreira
Ela sempre chega
e quando vem é assim:
perfuma minhas manhãs
adorna minhas tardes
seduz minhas noites
Ela sempre chega
e eu sempre espero
e eu sempre espero
porque o seu querer é o meu querer
e o nosso amor é terno
Ela tem uma 'prosa' boa, além do afeto derramado em pura literatura. É o meu sussurro hoje aqui no blog http://leticiapalmeira.blogspot.com/ (hermafroditas)
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Libertas
Ribeiro Pedreira
Ofereço-te os meus dias
minhas cartas, poemas
re
cor
ta
dos - mosaicos de mim.
Porque, preso em meus instintos,
vivo livre em ti.
"Liberdade na vida é ter um amor para se prender"
(Fabrício Carpinejar)
Ofereço-te os meus dias
minhas cartas, poemas
re
cor
ta
dos - mosaicos de mim.
Porque, preso em meus instintos,
vivo livre em ti.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Para viver um grande amor
Vinícius de Moraes
"(...)É muito necessário ter em vista
um crédito de rosas no florista
— muito mais, muito mais que na modista!—
para aprazer ao grande amor.
Pois do que o grande amor quer saber mesmo
é de amor, é de amor, de amor a esmo;
depois, um tutuzinho com torresmo
conta ponto a favor...
Conta ponto saber fazer coisinhas:
ovos mexidos, camarões, sopinhas,
molhos, strogonoffs — comidinhas
para depois do amor.
E o que há de melhor que ir pra cozinha
e preparar com amor uma galinha
com uma rica e gostosa farofinha,
para o seu grande amor?(...)"
"(...)É muito necessário ter em vista
um crédito de rosas no florista
— muito mais, muito mais que na modista!—
para aprazer ao grande amor.
Pois do que o grande amor quer saber mesmo
é de amor, é de amor, de amor a esmo;
depois, um tutuzinho com torresmo
conta ponto a favor...
Conta ponto saber fazer coisinhas:
ovos mexidos, camarões, sopinhas,
molhos, strogonoffs — comidinhas
para depois do amor.
E o que há de melhor que ir pra cozinha
e preparar com amor uma galinha
com uma rica e gostosa farofinha,
para o seu grande amor?(...)"
quinta-feira, 27 de maio de 2010
dos afagos
de um leve toque
adentro os seus cabeloscom as pontas dos meus dedos
depois encho as mãos
dos negros fios que afinam
num tênue e longo afago
enquanto os outros pelos
se eriçam de inveja
fazendo-lhe calafrios
e então desembaraçamos
os nós dos desejos.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
A contração de dois aa
cruzei caminhos entre a saudade e a solidão
no mar do esquecimento fiz morada
não importa,
hoje você me ensinou a acentuar o amor
toma-me e aquece-te
é tua a minha noite mais delicada
[por Renata Luciana]
sábado, 22 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Pelos dias

Amanhece. A cama ainda repleta do seu cheiro me desperta pra mais um dia. Mais um dia é menos um na distância. Sinto o entardecer quando tuas mãos, por uma brisa leve afaga meu rosto e se afasta cantarolando uma ciranda às folhas que bailam na roda da sua saia.
Fecho os olhos e já é noite. É tão nossa que me basta fechar os olhos a qualquer momento.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Das minhas mãos.
Minhas mãos se recusam a segurar qualquer caneta.
Vivem abertas, espalmadas, ocupadas em apertar, em acariciar outro par de mãos, outros caminhos. A muito custo, consegui liberá-las para escrever esta carta que certamente chegará até você, embora talvez eu chegue antes, ainda que sem embrulho.
A foto que a acompanha não está muito boa porque foi feita no calor do momento, mas é pra que você compreenda meus argumentos e veja se reconhece esta mão que se deita sobre a minha.
Meus carinhos!!!
Sempre seu,
Vivem abertas, espalmadas, ocupadas em apertar, em acariciar outro par de mãos, outros caminhos. A muito custo, consegui liberá-las para escrever esta carta que certamente chegará até você, embora talvez eu chegue antes, ainda que sem embrulho.
A foto que a acompanha não está muito boa porque foi feita no calor do momento, mas é pra que você compreenda meus argumentos e veja se reconhece esta mão que se deita sobre a minha.
Meus carinhos!!!
Sempre seu,
Cartas que embrulham segredos
domingo, 16 de maio de 2010
Calmaria
Simetria
Cúmplice
Renata Luciana

Era verão e você entrou em meu blog. Leu todos os meus textos e girou. Efeito colateral. O que eu fiz em você sem saber? O que você fez em mim depois sabendo? Tudo, muito. E assim começou e não sei onde irá terminar. Falo com você ao telefone todas às noites, e seguimos entre torpedos e webcam. Você fala sobre sua vida; eu digo sobre a minha. Você escreve poemas; eu escrevo meus afetos. Eu apresentei à família a você; você mostrou minhas fotos para sua família, seus amigos. Você canta, sorri, eu ouço, alegre. Discutimos sobre amor, e a vida; divagamos sobre o passado que não existe, o presente que nos consome, o futuro que nos engloba. Você viaja nas asas de uma águia para minha cidade; eu viajo para a sua.Você me quer, eu te desejo. Você é 'cheff '; eu esquento o pão. Você é meu complemento; eu sou seu suplemento. Fazemos sexo. Brincamos. Ardemos. Você tem um jeito que eu gosto. Eu olfativa, acompanho rastros de perfumes, você molhou o corpo em nova essência. Lê minhas palavras soltas, se ‘entrega’, na entrega, e nos juntamos nesse ‘estado’. Ficamos com saudades; comemos a saudade. Choramos juntos. Seu cérebro armazena letras de música; eu observo, leio, assisto filmes concentrada; você se excita nos filmes e me excita. Você quer me respirar; eu quero-lhe transpirar. Inspirar e respirar. Fazemos amor. Você goza, eu gozo, nós gozamos. Eu sou doce como bala; você chupa a bala até com papel. Você é intenso; eu sou profunda. Eu recebo cantadas idiotas; você recebe elogios suspeitos. Eu sou Renata, Luciana, e todas as mulheres ocultas em minha pele; uma tribo na sua vida, um rizoma. Somos nômades por excelência. Eu focada; você disperso. Eu fico molhada; você ensopado. Eu cuido do meu jardim; você me apresenta a flora. E é tanto céu e tanto ar, que nos lançamos na imensidão.

Era verão e você entrou em meu blog. Leu todos os meus textos e girou. Efeito colateral. O que eu fiz em você sem saber? O que você fez em mim depois sabendo? Tudo, muito. E assim começou e não sei onde irá terminar. Falo com você ao telefone todas às noites, e seguimos entre torpedos e webcam. Você fala sobre sua vida; eu digo sobre a minha. Você escreve poemas; eu escrevo meus afetos. Eu apresentei à família a você; você mostrou minhas fotos para sua família, seus amigos. Você canta, sorri, eu ouço, alegre. Discutimos sobre amor, e a vida; divagamos sobre o passado que não existe, o presente que nos consome, o futuro que nos engloba. Você viaja nas asas de uma águia para minha cidade; eu viajo para a sua.Você me quer, eu te desejo. Você é 'cheff '; eu esquento o pão. Você é meu complemento; eu sou seu suplemento. Fazemos sexo. Brincamos. Ardemos. Você tem um jeito que eu gosto. Eu olfativa, acompanho rastros de perfumes, você molhou o corpo em nova essência. Lê minhas palavras soltas, se ‘entrega’, na entrega, e nos juntamos nesse ‘estado’. Ficamos com saudades; comemos a saudade. Choramos juntos. Seu cérebro armazena letras de música; eu observo, leio, assisto filmes concentrada; você se excita nos filmes e me excita. Você quer me respirar; eu quero-lhe transpirar. Inspirar e respirar. Fazemos amor. Você goza, eu gozo, nós gozamos. Eu sou doce como bala; você chupa a bala até com papel. Você é intenso; eu sou profunda. Eu recebo cantadas idiotas; você recebe elogios suspeitos. Eu sou Renata, Luciana, e todas as mulheres ocultas em minha pele; uma tribo na sua vida, um rizoma. Somos nômades por excelência. Eu focada; você disperso. Eu fico molhada; você ensopado. Eu cuido do meu jardim; você me apresenta a flora. E é tanto céu e tanto ar, que nos lançamos na imensidão.
"A soma de dois é um"
Ribeiro Pedreira

De longe eu achava que era tudo, mas suavemente fui me aproximando e a percebi muito mais que isso... Não tinha o aroma do mais imbatível perfume. Era o cheiro da primavera que se lhe exalava e me penetrava por todos os poros.
Abraçamo-nos pela primeira vez ainda manhãnzinha, no entanto, o que eu sentia era o sol me enlaçando naquele instante sem par.
Seus lábios incrivelmente derretiam em minha boca feito um caramelo eterno, enquanto eu acariciava uma pétala gigante ao longo do seu corpo. E todo mistério que havia foi sendo desvendado num turbilhão de sentidos, mucosas, gemidos, pelos, fluidos.
E paz.
E assim, nessa entrega, ficamos um.

De longe eu achava que era tudo, mas suavemente fui me aproximando e a percebi muito mais que isso... Não tinha o aroma do mais imbatível perfume. Era o cheiro da primavera que se lhe exalava e me penetrava por todos os poros.
Abraçamo-nos pela primeira vez ainda manhãnzinha, no entanto, o que eu sentia era o sol me enlaçando naquele instante sem par.
Seus lábios incrivelmente derretiam em minha boca feito um caramelo eterno, enquanto eu acariciava uma pétala gigante ao longo do seu corpo. E todo mistério que havia foi sendo desvendado num turbilhão de sentidos, mucosas, gemidos, pelos, fluidos.
E paz.
E assim, nessa entrega, ficamos um.
Palavras são de água
Borboletas vagueiam aqui
enquanto o teu barco navega
Saudade do teu gosto de mar
na minha língua de pétala
na minha língua de pétala
Insônia
Coisa de pele
Borboletas
sábado, 15 de maio de 2010
Além da brincadeira
Ondulações
Renata Luciana
abocanha os meus sentidos
segue
ondas de calor e gozo
mudar a voz e a pele
camuflada no teu ser
camuflada no teu ser
Degustar
Incidental
Você e o mar
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